Dead Fish nos convida para uma viagem na memória de uma jovem democracia em novo álbum

por Rennan Gardini

Depois de um disco com críticas incisivas ao momento político que o Brasil vivia em 2019, o Dead Fish pisa no freio e entrega um trabalho mais contido, que convida o ouvinte a olhar para o passado íntimo, mas também para o passado político de uma democracia muito jovem.

“Labirinto da Memória” chegou nesta sexta (12) e é o sucessor do aclamado “Ponto Cego”, que pintou um canva social do que significava ser brasileiro no período Bolsonaro.

Desde o primeiro single, “Dentes Amarelos”, o disco novo se mostrou um projeto bem diferente do que o anterior. A confirmação vem nos quase 38 minutos de duração de “Labirinto da Memória”, com reflexões sobre o período da ditadura militar e crescer no Brasil.

São 13 faixas que não soam nem um pouco estranhas para quem já é fã da banda. O peso dos instrumentos no “Ponto Cego” é substituído por um Hardcore melódico mais leve, mas rápido como sempre. A leveza combina com as letras que vão da nostalgia à melancolia, passando pelo reconhecimento da experiência de uma banda com mais de 30 anos de estrada.

“Labirinto da Memória” é um ótimo lançamento para começar 2024. Gostoso de ouvir, acessível e necessário em vários pontos. O título do disco é perfeito para o que ele representa, uma viagem pela memória coletiva do Brasil e pelo íntimo de uma das bandas mais emblemáticas do underground nacional.

O álbum foi lançado nesta sexta-feira (12) e está disponível em todas as plataformas digitais. Caso queira saber mais sobre o álbum, fica o link de uma matéria que fizemos sobre a banda no ano passado, com sonoras do vocalista, Rodrigo Lima.

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