Reportagem: Cindy Lopes
A parada para o almoço está mais cara para o trabalhador que agora precisa desembolsar, em média, 31 reais e 91 centavos com a refeição em restaurantes de Manaus.
É o que aponta uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador, que realizou um estudo entre fevereiro e abril deste ano, em 51 municípios do país, incluindo a capital do Amazonas.
A média nacional para almoçar fora de casa chega a R$ 40,61. Esse valor cresceu 17% em relação ao período pré-pandemia, em 2019, último ano em que o levantamento foi realizado.
O popular e famoso “prato feito” custa, em média, 18 reais.
Déldimo Bahia é proprietário de um restaurante no centro comercial de Manaus e fala que, após o reajuste nos preços no período de pandemia, houve uma queda expressiva no número de pessoas que frequentam o local. (Ouça)
Alguns adotaram estratégia para fugir da alta no prato feito. O correspondente financeiro, Marcos Albuquerque, trabalha na área central da cidade e, para economizar, sempre que possível leva o almoço de casa. (Ouça)
Segundo a pesquisa da ABBT, a capital mais cara para se comer fora de casa é São Luís, no Maranhão. Já a capital com menor preço do almoço é Goiânia, com cerca de 27 reais.
Essa variação de preços por cidade reflete as diferenças de custos da cadeia de distribuição e de restaurantes, como gás de cozinha, energia elétrica, além do frete para o transporte de alimentos.
A diretora–executiva da Associação, Jessica Srour, argumenta que os restaurantes estão evitando repassar o aumento dos custos para os clientes. (Ouça)
A pesquisa da ABBT foi feita em restaurantes, lanchonetes e padarias que aceitam vale-refeição e usou como base o Programa de Alimentação do Trabalhador, que oferece prato principal de quinhentos gramas, bebida, sobremesa, mais o cafezinho.