Um surto de casos de coronavírus na região do Alto Solimões acende alerta para a entrada de novas variantes no Amazonas.
Somente no mês de julho, 113 pessoas testaram positivo para a doença no município peruano de Islândia, localizado na tríplice fronteira, formada por Brasil, Peru e Colômbia.
Uma equipe de profissionais foi enviada à localidade para realizar um diagnóstico da situação de contágio na região.
A iniciativa é uma parceria entre a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, a Organização Pan-Americana de Saúde, o Ministério da Saúde, a Fiocruz, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas e as Secretarias Municipais de Saúde de Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga.
A diretora técnica da FVS, Tatyana Amorim, fala das ações realizadas:
“O objetivo dessa estratégia é que possamos implantar a vigilância genômica em região fronteiriça e intensificar a vacinação, principalmente em estrangeiros, oriundos do Peru e da Colômbia, para minimizar os riscos da introdução das variantes, como a Lambda e a Delta. Estamos com equipes aqui, capacitando os técnicos e organizando estratégias para que possamos implantar testagens e identificar uma nova variante”, disse a diretora.
No dia 20 de julho, as autoridades de saúde de Benjamin Constant emitiram um alerta epidemiológico sobre o risco da entrada da Covid-19 através da cidade de Islândia.
Há um grande fluxo diário de pessoas entre os dois municípios, separados por um trajeto de 5 minutos de barco.
A coordenadora de vigilância epidemiológica de Benjamin Constant, Josivane Nogueira, destaca a colaboração entre os países:
“A intenção realmente é traçar estratégias em parceira com Islândia. Existe uma parceria mútua, para fazer a coleta, identificar pessoas com sintomas e infectadas, para que possamos conter a covid-19 aqui na fronteira e em outros estados”, afirmou.
Segundo dados atualizados, os três primeiros dias de agosto já acumulam oito infectados pela doença na cidade de Islândia.
De acordo com a FVS, a infecção por Covid-19 está sob controle em Benjamin Constant, com apenas três casos leves em isolamento domiciliar e nenhuma internação no hospital local.
A Vigilância Epidemiológica Municipal colocou uma barreira sanitária em Benjamin Constant que funcionará por 15 dias. Caso seja necessário, as medidas em vigor serão prorrogadas.
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