Com 69 registros, 2024 registrou o maior número de ocorrências aéreas dos últimos 10 anos no Amazonas. Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), na comparação desde 2015, o cenário mostra que nos últimos anos os acidentes e incidentes vem aumentando gradativamente.
A maioria dos casos concentra na capital. As cidades de Barcelos, Eirunepé e Parintins também aparecem no topo de registros.
Entre as principais causas estão: falha mecânica ou mau funcionamento no topo do ranking e na sequência aparecem as colisões com aves.
Atuando 11 anos como piloto de táxi aéreo, Wescley Araújo, confirma os dados e ainda menciona o clima na região amazônica como um dos fatores dos registros. (ouça)
Em dezembro do ano passado, um urubu ficou pendurado em um para-brisa de um avião após colisão durante um voo que vinha de Eirunepé.
A ave atravessou a vidraça do avião, que quase caiu, deixando em pânico todos que estavam a bordo.
Um passageiro gravou o momento do ocorrido e relatou que a situação pode ter sido causada por um aterro nas proximidades do aeroporto.
Em 2023, os deputados da Assembleia Legislativa discutiram sobre a proximidade dos lixões com os aeroportos colocar em risco a segurança dos voos das aeronaves no interior do Amazonas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Cenipa seguem monitorando os casos e conta com o Plano de Supervisão da Segurança Operacional 2025, que são medidas para reduzir as ocorrências aeronáuticas e os riscos de fatalidades.
A BandNews Difusora entrou em contato com a Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento-CGEO, da Aleam, mas não teve retorno até o fechamento da reportagem.
Reportagem: Tawanne Costa