Parte da população brasileira deverá receber uma terceira dose da vacina contra o coronavírus. A avaliação foi feita pela secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Melo.
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Em sessão do senado, a secretária afirmou que o ministério estuda a possibilidade de um programa de reforço na imunização:
“Já estávamos discutindo uma dose de reforço, uma terceira dose. Nós sabemos os dados que temos e determinadas faixas etárias com alguns imunizantes realmente tem tido proteção diminuída”, disse.
A pasta observa a experiência dos Estados Unidos de uma dose a mais, que foi motivada pelo avanço da variante Delta do vírus e pelo relaxamento de medidas sanitárias.
A princípio, a dose de reforço seria destinada a pessoas com sistema imunológico mais frágil como idosos, transplantados, portadores do vírus HIV e de pacientes com câncer.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), Manaus tem mais de 35 mil pessoas que não retornaram para tomar a segunda dose.
O infectologista Bernardino Albuquerque destaca que para se pensar na terceira dose, é preciso garantir a segunda dose em quem ainda não completou o ciclo de imunização. (ouça)
Bernardino também lembra que a vacinação contra Covid-19 pode ter a possibilidade de se repetir anualmente, como ocorre com a gripe. (ouça)
Sobre a terceira dose da vacina contra o coronavírus, há debates no Reino Unido, França e Alemanha, que devem seguir a experiência de Israel que já adotou a medida.
No Chile, para a população mais velha imunizada com a CoronaVac a recomendação é de aplicação de uma nova dose.
No Brasil, se iniciou um estudo nesta semana que testa a aplicação de uma 3ª dose de qualquer um dos imunizantes em utilização no país, em pessoas que já completaram o esquema vacinal com a CoronaVac.
Reportagem: João Felipe Ferreira com locução de Álex Ferreira
Foto: Reprodução/Prefeitura de Franco da Rocha