Bioeconomia: projeto no AM desenvolve fibra do carauá, fruto da família do abacaxi

Reportagem: Liandre Coutinho. 

O curauá, uma planta nativa da Amazônia, pode se tornar uma alternativa econômica para o estado.

Isso porque as fibras que são extraídas das folhas dele são utilizadas em produções da indústria automobilística e também podem abastecer outros setores, como o têxtil, agrícola e a construção civil.

A planta é da mesma família do abacaxi e possui resistência comparável às fibras de vidro.

Nessa quarta-feira (24), foi lançado um projeto-piloto para a produção de fibras do curauá.

A implantação ocorreu na Comunidade Santo Antônio de Caxinauá, Distrito de Novo Remanso, localizado em Itacoatiara.

O produtor rural e líder da comunidade, Claudimar Mendonça, falou sobre as expectativas do projeto para os trabalhadores da região.(ouça)

A coordenação da iniciativa envolve diferentes secretarias, entidades e empresas do Amazonas, como a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).

Segundo a chefe de departamento da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Waldélia Garcia, o estudo também é importante para promover condições ambientais e trabalhistas menos nocivas.(ouça)

Por isso, o curauá é um exemplo de potencial da bioeconomia, um modelo de produção industrial que se baseia no de uso de recursos biológicos.

Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ela movimenta cerca de DOIS trilhões de euros e gera aproximadamente VINTE E DOIS milhões de empregos no mercado mundial.

Considerando a biodiversidade da Amazônia, é possível agregar valor aos produtos regionais e desenvolver processos mais sustentáveis.

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