A Polícia Federal inclui no Processo provas de que o indigenista Bruno Pereira sabia que estava em risco.
Um laudo da Polícia Federal feito no celular do advogado da Univaja, Eliesio Marubo, foi anexado ao processo que tramita na Vara Federal de Tabatinga e traz as conversas entre Bruno Pereira e Marubo dias antes dos assassinatos.
Em uma das mensagens trocadas no dia 31 de maio de 2022, Bruno afirma que a reunião que faria com pescadores e políticos locais não aconteceria mais e afirma: “Minha cabeça está em leilão”. Ele também pede orientações de Marubo sobre como acionar medidas de segurança.
O laudo foi apresentado a pedido do juiz Wendelson Pessoa após depoimento de Marubo.
O processo está em prazo de apresentação das alegações finais. Terminado o prazo, o juiz deverá decidir se o processo vai a juri popular.
Os assassinatos ocorreram em junho do ano passado, nas proximidades da comunidade São Rafael, na região do Vale do Javari, que fica a 26 KM de Atalia do Norte, município do interior do Amazonas.
A reunião entre pescadores e políticos foi marcada em um esforço de Bruno para encontrar alternativas para que os moradores da região desenvolvessem alternativas financeiras como o manejo florestal e deixassem de invadir a Terra Indígena.
Da redação.