Municípios nas bacias dos rios Madeira, Mearin, Negro, Solimões, Tapajós e Tocantins-Araguai aperfeiçoam resposta à nova seca severa prevista para este segundo semestre.
Segundo antecipou o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, a expectativa é de que a vazante se aproxime ou ultrapasse a marca histórica de 2023.
A baixa dos níveis dos rios além do normal, traz consequências para a economia local, que depende das hidrovias para escoar sua produção, e para a sociedade, que não consegue acesso a insumos de primeira necessidade, como água potável, alimentos e medicamentos.
No ano passado, 60 dos 62 municípios do Amazonas chegaram a declarar situação de emergência, assim como algumas cidades de Rondônia.
Este ano, a Marinha do Brasil (MB) anunciou um plano de ação, dentro de sua esfera de atuação, para prevenir possível calamidade. Desde abril são realizados levantamentos hidrográficos de áreas críticas, como a Passagem do Tabocal e a Foz do Rio Madeira para indicar aos navegantes a profundidade dos corpos d’água.
Os documentos atualizados pela Marinha também subsidiaram a elaboração do plano de dragagem do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que deve executar, em regime de urgência, obras nos rios Madeira, Amazonas e Solimões.
Elas estão previstas no cronograma do Ministério de Portos e Aeroportos, que anunciou, em junho, o aporte de mais de R$ 500 milhões para essa finalidade.
Outra medida adotada para garantir a segurança fluvial foi a proibição da navegação noturna no Rio Madeira, entre Porto Velho (RO) e Novo Aripuranã (AM), por prazo indeterminado.
No último dia 19, o rio atingiu o menor nível histórico para o mês de julho – a cota registrada foi 3,08 metros na estação de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil em Porto Velho.
Da redação.