Reportagem: Victor Litaiff
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a exposição de gestantes e crianças à fumaça reduz o desenvolvimento dos pulmões e piora a função pulmonar com o tempo, por exemplo.
Fora isso, quem convive com os fumantes também tem chance de desenvolver doenças respiratórias.
Análise feita pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) verificou que a fumaça proveniente da queima do cigarro apresenta níveis duas vezes maiores de alcatrão, (que provoca a obstrução dos pulmões e perturbações respiratórias), 4 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono do que aquela expirada pelo fumante.
Portanto quando o cigarro é aceso, somente uma parte da fumaça é tragada pelo fumante, e cerca de 2/3 da fumaça gerada pela queima é lançada no ambiente, através da ponta acesa do produto (cigarro, charuto, cigarrilhas e outros).
Isso afeta quem está em volta, o fumante passivo.
O Pneumologista Dr. David Lunieri, explica as complicações nos pacientes que convivem com fumantes em ambientes fechados. (Ouça)
Ele também fala dos perigos que o cigarro pode ocasionar tanto para quem usa quanto para quem convive com um fumante. (Ouça)
O ministério da Saúde adverte sobre os malefícios que a fumaça pode causar naqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes:
No caso de bebês, o risco é 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente.
Em crianças: Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio.
Em adultos não-fumantes: existe maior risco de desenvolver doenças por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza um tratamento gratuito para dependentes da nicotina, que integra o Programa Nacional de Controle do Tabagismo.
Os interessados podem entrar em contato através do disque 136.