Por Ricardo Chaves

Em um discurso de quase uma hora, o governador Wilson Lima (UB) prestou contas de seu mandato, exaltou a parceria institucional com a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e fez um balanço dos investimentos do governo federal no estado. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lima destacou os recursos enviados por ministérios da União, mas evitou citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governador também mencionou a destinação de verbas federais para combater as queimadas no estado, um problema que persiste tanto no governo Bolsonaro quanto no atual governo Lula:

Durante o governo Bolsonaro (2019-2022), a gestão federal foi amplamente criticada por cortes em programas sociais e ambientais, o que impactou diretamente estados como o Amazonas, que dependem de recursos federais para políticas públicas nessas áreas.

Na época, Wilson Lima chegou a pedir apoio federal para conter o aumento do desmatamento e queimadas no estado, mas os recursos foram insuficientes.

Tanto em 2022, no governo Bolsonaro, quanto em 2024, sob a gestão de Lula, o Amazonas registrou recordes de queimadas. Para especialistas, o aumento está ligado ao avanço do desmatamento, impulsionado pela expansão da agropecuária, grilagem de terras e mineração ilegal.

Um dos pleitos do governador durante o governo Bolsonaro era acessar recursos do Fundo Amazônia para a conservação da floresta. No entanto, os recursos do fundo estiveram paralisados entre 2019 e 2022, sendo reativados apenas em 2023, no primeiro ano do governo Lula.

Um dos pleitos do governador durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, era acessar recursos do Fundo Amazônia pra conservação da Amazônia. No entanto, os recursos do fundo Amazônia estiveram paralisados. A reativação ocorreu apenas em 2023, primeiro ano do Governo Lula.

No discurso, Wilson Lima agradeceu a liberação de R$ 45 milhões do Fundo Amazônia, aprovados pelo BNDES, dirigido pelo petista Aloísio Mercadante. O recurso será utilizado na construção de quartéis no estado.

No início do ano, o governador Wilson Lima sancionou uma lei que estabelece critérios ambientais e climáticos para a transferência voluntária de recursos financeiros aos municípios. A ideia é incentivar ações sustentáveis e preparar as cidades para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.