Reportagem: Liandre Coltinho.
A primeira etapa da campanha de vacinação contra a brucelose segue até o final de maio para bezerras, bovinos e bubalinos, com idade de 3 a oito meses.
A doença é causada por bactéria e pode ser transmitida para humanos por meio do contato com animais contaminados ou produtos derivados deles.
Segundo o Ministério da Saúde, a brucelose humana é uma das zoonoses mais comuns do planeta e tem alta prevalência na América do Sul.
Mas apesar dos problemas sanitários, ocupacionais e econômicos, ela costuma ser subnotificada e é considerada um risco desconhecido, como explica o membro do conselho regional de Medicina veterinária, Aldrin Bruce.(ouça)
Em 2001, foi instituído o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), para diminuir o impacto negativo dessas doenças.
O especialista Aldrin Bruce comentou sobre os reflexos disso na pecuária regional.(ouça)
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf), não houve casos confirmados da doença no ano passado.
Mas, em 2022, sete propriedades foram notificadas em diferentes municípios, como Itacoatiara, Parintins, Manaus, Autazes e Barreirinha.
Coordenador na Adaf, Wiles Silva explica os principais sintomas da doença em animais.(ouça)
Já em humanos, a doença pode causar febre, fraqueza, aumento no risco de aborto em mulheres grávidas e outros sintomas.
A vacinação contra a brucelose é o meio mais eficaz de prevenção da doença e basta uma dose para toda a vida do animal.
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf) lembra que é preciso notificar a agência após a imunização e que propriedades que não têm fêmeas no rebanho devem declarar a ausência desses animais.
Questionadas, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) e Secretaria Estadual de Saúde (SES) não responderam se há registros de casos de brucelose humana no Amazonas.