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Moradores de Parintins dizem ser prejudicados por lixão irregular; Ibama já denunciou lixeira da cidade

Reportagem: Cindy Lopes. 

Instalado há cerca de 30 anos e sem previsão de solução, o aterro sanitário a céu aberto de Parintins já atingiu o limite da capacidade e causa sérios prejuízos à população, é o que afirma denúncia do Ibama.

Além disso, os moradores do entorno denunciam que a Prefeitura passou a despejar os resíduos da cidade em um outro terreno – que fica à poucos metros de moradias – agravando ainda mais a situação.

Quem mora próximo ao local, no bairro Djar Vieira, é obrigado a conviver com a presença diária de urubus, moscas e o forte odor.(ouça)

Nesta semana, o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, denunciou que há o risco de o lixo transbordar para as ruas da cidade e pediu que medidas urgentes sejam adotadas:(ouça)

Em 2019, o prefeito de Parintins, Bi Garcia e o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, assinaram um Termo de Ajustamento de Gestão com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para acabar com o lixão até 2021.

Em caso de descumprimento, o TAG poderia reinscidido e a prefeitura multada em até 64 mil reais pelo TCE, além de penalidades administrativas a serem aplicadas pelo Ipaam.

Não é somente Parintins que sofre com o problema.

Dados do TCE-AM apontam que o Amazonas tem, pelo menos, 70 lixões a céu aberto. O estado, inclusive, é o maior gerador de resíduos sólidos urbanos da região Norte.

A falta de infraestrutura adequada nesses aterros irregulares expõe as comunidades locais a sérios riscos para a saúde, principalmente, devido à contaminação das águas, como explica o médico infectologista, Nelson Barbosa:(ouça)

O ambientalista Carlos Durigan alerta que, além dos problemas para a saúde, os lixões a céu aberto desencadeiam uma série de impactos negativos ao meio ambiente, como a contaminação do solo e das águas subterrâneas:(ouça)

Na busca pelo fim do descarte inadequado no Brasil, a política nacional de resíduos sólidos determinava que nenhuma cidade do país tivesse lixão a céu aberto, até 2014.

Sem condições de cumprirem as regras, os municípios tiveram um novo prazo, que acabou em agosto de 2022.

Agora, o prazo final determinado por lei para a erradicação dos lixões em todo o território nacional termina em agosto de 2024.

Após a denúncia do superintendente do Ibama, Joel Araújo, a reportagem solicitou um posicionamento da Prefeitura de Parintins, mas até o fechamento da matéria não teve retorno.

O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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