Reportagem: João Felipe Serrão
O cotidiano de moradores do Residencial Maria Zeneide, localizado no quilômetro 7 da estrada AM-070, em Iranduba, tem sido drasticamente afetado por uma série de problemas de saneamento básico e infraestrutura.
O que mais tem prejudicado, de acordo com os moradores, é a água que sai das torneiras, que está vindo com um forte odor de fezes, há mais de 5 meses.
O Residencial Maria Zeneide foi entregue em 2018 e faz parte do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ele foi construído com recursos da Caixa Econômica e entregue à Prefeitura de Iranduba.
O cotidiano de moradores do Residencial Maria Zeneide, localizado no quilômetro 7 da estrada AM-070, em Iranduba, tem sido drasticamente afetado por uma série de problemas de saneamento básico e infraestrutura.
O que mais tem prejudicado, de acordo com os moradores, é a água que sai das torneiras, que está vindo com um forte odor de fezes, há pouco mais de 5 meses, com o relata a Fernanda Lopes:
O Residencial Maria Zeneide foi entregue em 2018 e faz parte do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ele foi construído com recursos da Caixa Econômica e entregue à Prefeitura de Iranduba.
Segundo os beneficiários, desde o começo o residencial vem apresentado problemas e nunca houve manutenção nas tubulações, sisternas e encanamentos que passam pelo local.
Os bueiros estão entupidos, inclusive alguns já chegaram a explodir no meio da rua.
Delma Costa mora no Maria Zeneide desde que foi entregue. Ela, junto com um grupo de moradores, tem recorrido a diferentes órgãos públicos para tentar resolver o problema e relata desânimo com a situação. (Ouça)
A Delma encaminhou à BandNews um vídeo que mostrava o momento em que a água, com coloração cinzenta, estava escorrendo da torneira dela. (Ouça)
Os beneficiários do residencial pagam uma taxa de água e esgoto que totaliza 24 reais.
A saúde pública no local também está sendo um problema consequente da água contaminada. Muitos moradores do Maria Zeneide têm buscado unidades de saúde com sintomas de diarreia, dor de cabeça, enjoo e mal-estar. Esse foi o caso da moradora Marlene. (Ouça)
O Conjunto tem cerca de 300 casas. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Iranduba informou aos beneficiários do residencial que não tem competência para resolver o problema e que seria responsabilidade da prefeitura.
Em entrevista à BandNews Difusora, o prefeito do município, Augusto Ferraz, afirmou que o executivo não tem estrutura e recursos para tratar da situação. Ele também culpou a Caixa Econômica e o prefeito anterior, de 2018, que, segundo ele, não fez uma vistoria nas casas. (Ouça)
Os moradores também estão preocupados que a situação piore ainda mais com a chegada do período de chuva no Amazonas, que se intensifica a partir de novembro. (Ouça)
Durante a entrevista, o prefeito Augusto Ferraz afirmou que faria uma visita ao residencial Maria Zeneide no dia seguinte. No entanto, a visita não aconteceu.
Questionado sobre o prazo, o prefeito informou que até ano que vem o problema poderia ser resolvido no residencial. Não foi especificado o mês.
Em nota, a Caixa Econômica informou que não tinha conhecimento das ocorrências no Residencial Maria Zeneide. A Caixa afirmou também que notificará o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) do Município de Iranduba, responsável pela operação e manutenção das redes de abastecimento de água e esgoto, bem como pela estação de tratamento de esgoto – ETE, para verificação dos problemas relatados pelos moradores.