Completa nesta terça-feira (5) um mês que o indigenista Bruno Perreira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados no Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas. As investigações em torno dos assassinatos continuam e a insegurança dos povos indígenas da região também.
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal esteve no município para apurar o caso junto de servidores da Fundação Nacional do Índio, Funai, e lideranças indígenas. Além da suspeita de “morte por encomenda”, a Comissão constatou precariedade e ameaças constantes aos indígenas que moram na região.
Até o momento, três pessoas foram presas suspeitas por envolvimento na morte de Bruno e Dom. Em São Paulo, Gabriel Pereira Dantas se apresentou em uma delegacia como o quarto suspeito, mas o Tribunal de Justiça do Amazonas negou o pedido de prisão temporária
Segundo a Polícia Federal, que coordena a investigação do caso no Vale do Javari, não havia indícios da participação dele nos crimes, já que Gabriel “apresentou versão pouco crível e desconexa
A Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF) pediram uma indenização contra a União por danos morais coletivos no valor de 50 milhões de reais em virtude da desestruturação da Funai e da falta de proteção aos povos indígenas na região do Vale do Javari, no Amazonas.
O montante deverá ser revertido em favor dos povos indígenas, por meio de repasse a Funai.
A Polícia Federal e a Polícia Civil seguem investigando o caso.