Em discurso no Plenário, nessa quinta-feira (24), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) volta a criticar a atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sobre a criação de novas áreas de proteção ambiental.
Além disso, ele levantou suspeitas sobre contratos feitos por esse instituto.
O parlamentar declarou que o órgão age de forma unilateral, impondo restrições ao uso da terra sem considerar os impactos sociais e econômicos sobre os moradores locais.
O senador argumenta que as medidas adotadas são desproporcionais e prejudicam diretamente quem vive da agricultura.
Ele também disse que há má gestão em reservas já existentes, como seria o caso da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. De acordo com Plínio Valério, os extrativistas da região enfrentam dificuldades extremas por estarem impedidos de plantar ou criar animais, vivendo apenas da extração de látex — em condições que ele classificou como de “semiescravidão”.
O senador ainda levantou suspeitas sobre possíveis favorecimentos em contratos do ICMBio. Ele citou uma concessão de R$ 160 milhões em uma reserva no Ceará, que, segundo ele, beneficiou o irmão de um dirigente ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.