O Ministério da Agricultura declara estado de emergência fitossanitário no Amazonas, Acre e Rondônia devido a praga chamada Monilíase, que ataca as lavouras de cacau e cupuaçu.
Os três estados estão sob quarentena por meio de portaria.
A situação emergencial terá a duração de um ano.
A medida proíbe o trânsito para outros estados do país de materiais vegetais, como frutos e plantas, que sejam hospedeiros da praga do cacaueiro.
No mês passado, um foco da praga foi detectado no município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, e as autoridades tiveram que delimitar a área afetada e adotar medidas de contenção, como a quarentena. Amazonas e Rondônia também foram incluídos por fazerem divisa com o estado.
A coordenadora-geral de Proteção de Plantas do Ministério da Agricultura, Graciane de Castro, explica que o decreto de situação de emergência permite ampliar as ações de combate à praga:
“Permite uma maior mobilização das instituições públicas e privadas – oficiais e de pesquisa – de forma coordenada, em função dos prejuízos potenciais que essa praga pode se dispersar para as áreas de produção”, disse a coordenadora.
A monilíase é uma doença que afeta plantações como as de cacau e o cupuaçu, causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
O produtor de cacau do município de Jarú, em Rondônia, Cláudio Coimbra, destaca que é preciso ter cuidado porque a praga se propaga rapidamente.
“Até agora nenhum outro lugar do Acre, nem de Rondônia e Amazonas tem monília. Não tem. As medidas de quarentena são preventivas”, disse o agricultor.
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas está participando da elaboração de um plano de combate à praga do cacaueiro.
Na América do Sul, a praga da Monilíase é encontrada no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.
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