Reportagem: Ricardo Chaves.
O líder do prefeito de Manaus na Câmara Municipal, Eduardo Alfaia (Avante), anunciou que o presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Arnaldo Flores, será convidado a ir a CMM para explicar os critérios que levaram ao aumento da tarifa do transporte na capital.
A fala ocorreu durante sessão nessa terça-feira (22), ao justificar o aumento da passagem realizado pelo prefeito David Almeida. A mudança no valor da passagem foi anunciado inicialmente em fevereiro. No entanto, foi suspenso pela Justiça do Amazonas, que alegou falta de justificativas técnicas para o aumento.
Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu os efeitos da decisão liminar da Justiça. A suspensão vale até o julgamento em primeiro grau da ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM).
Após discussão entre vereadores da base e oposição, o vereador Eduardo Alfaia se comprometeu a protocolar requerimento convidando Arnaldo Flores, diretor do IMMU para falar sobre o custo da passagem na Comissão de Transportes da CMM:(Ouça)
Um dos vereadores da oposição a questionar o preço da tarifa foi José Ricardo (PT) que questionou a falta de acesso às planilhas que apontem o custo da passagem:(Ouça)
No último domingo (20), a prefeitura publicou decreto com o novo preço da tarifa. Segundo a prefeitura, a medida visa equilibrar financeiramente o sistema e garantir a continuidade dos serviços de transporte público na capital.
As principais entidades representativas do setor produtivo de Manaus divulgaram uma nota pública manifestando preocupação com o reajuste da tarifa do vale-transporte que passou de R$ 4,50 para R$ 6,00 – um aumento de 33%33.
De acordo com a nota publicada, o maior impacto recairia sobre o próprio trabalhador, que perde poder de compra.
Para o representante dos lojistas da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas, Azury Benzion, faltou negociação – por parte da prefeitura – com a classe empresarial:(Ouça)
Assinaram a nota 15 entidades, incluindo a Associação Comercial do Amazonas, a Fecomércio, o Sinduscon, a Abrasel e conselhos regionais como o de Administração, Contabilidade e Economia.
De acordo com o decreto da prefeitura, o valor cheio da passagem será de R$ 6, mas descontos serão aplicados, conforme o perfil do usuário.
Passageiros que pagam com dinheiro ou cartão PassaFácil terão desconto de R$ 1, pagando R$ 5 por viagem. Para os estudantes que não possuem gratuidade, esses seguirão pagando R$ 2,50, mediante apresentação da carteira estudantil válida.