Os pratos típicos de festa junina, um dos principais atrativos da celebração, não escaparam da alta de preços vista nos últimos meses de 2021. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o valor médio dos ‘produtos juninos’ mais utilizados na data acumula alta de 16% em um ano.
O levantamento analisou 32 itens, o arroz doce e o churrasco foram os mais afetados pela alta de preços no acumulado em 12 meses até maio. O preço do arroz subiu 52%, seguido pelo leite condensado que subiu 25%, da carne bovina com 34% e da linguiça que teve aumento de 27%.
Os feirantes, Denilson Trindade e Valentim Filho, dizem que a procura pelos alimentos aumentou nos últimos dias. Com a alta dos preços, eles tem feito algumas promoções. Segundo Denilson, o crescimento do movimento nessa época do ano tem aumentando a procura e venda dos seus produtos. Valentim avalia aumento de 80% nas compras de seus produtos.
O aumento do volume de exportações para a Ásia durante a pandemia reduziu a oferta de carne no mercado interno, o que pressionou os preços. Além disso, a crise hídrica vivenciada pelo Brasil interfere no plantio de cereais, soja, milho e amendoim, o que também pressiona os preços de alimentos consumidos nos festejos juninos.
Entre os produtos, a salsicha teve um aumento de 20%, o queijo minas subiu 15% e o milho, alimento comum à muitas comidas juninas, teve uma elevação de 13%. Por fim, doces e chocolates aumentaram 10,5%.
Mais uma vez, em 2021 as festas juninas não foram comemoradas da forma usual. O país ainda registra altos números diários de óbitos decorrentes da Covid-19 e beira os 520.000 mortes desde o início da pandemia. Mesmo com a vacinação já em curso, ainda é difícil precisar o fim da pandemia e a volta à vida real.
Hoje, o Amazonas teve seu estado de calamidade renovado por mais seis meses pelo governador Wilson Lima.
Da redação
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