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Refino feito pela Ream fica mais caro e força subida de preço do litro da gasolina para R$ 6,99

Reportagem: Jefferson Ramos.

O preço do refino da gasolina comum em Manaus aumentou quase R$ 0,20 em uma semana na refinaria privatizada administrada pelo grupo Atem, elevando o valor final do combustível para R$ 6,99.

Na sexta-feira, 11, o preço do derivado era de R$ 6,89. O refino passou de 3,59 no dia 4 de outubro, para 3,78 nesta sexta-feira.

Com o reajuste, a gasolina comum na capital passa a ser a segunda mais cara do Brasil, conforme levantamento da BandNews Difusora com base em dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O período analisado foi de 6 a 12 de outubro. O ranking é liderado por Rio Branco, no Acre, onde a gasolina comum custa R$ 7,17, seguido por Manaus, com R$ 6,99, e Porto Velho, em Rondônia, onde o preço é de R$ 6,92.

A economista Denise Kassama, conselheira do Conselho Federal de Economia (Cofecon) avalia que atualmente o mercado de combustível no Amazonas vive sob monopólio de uma empresa privada que visa o lucro, diferente da administração da Petrobras, que segundo a especialista, é uma empresa pública e deve beneficiar a economia popular.

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A refinaria em Manaus, que atende os estados do Norte do país, com exceção do Tocantins, foi privatizada no último ano do governo de Jair Bolsonaro.

O grupo Atem que controla a refinaria segue o preço paridade internacional (PPI) repassando as variações do preço do barril do petróleo e do dólar diretamente para o consumidor, diferente da Petrobrás que adota outra política.

O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas, Marcus Ribeiro, afirmou que atualmente a refinaria não refina e imposta os derivados já refinados. Ele aponta que a estiagem dificulta a logística do combustível, mas alega que se a Petrobras administrasse o empreendimento, o preço seria outro.

(Ouça)

O refino é um dos elementos que compõem a cadeia de preço da gasolina. O preço estabelecido pela Ream já inclui impostos federais, porém exclui o ICMS estadual, que é adicionado posteriormente na etapa de revenda e distribuição.

Na composição do preço final da gasolina, estão inclusos R$ 0,69 de impostos federais, R$ 1,37 de ICMS estadual, R$ 0,74 do etanol anidro adicionado ao combustível, além dos lucros das distribuidoras e revendedores, que no Amazonas chegam a R$ 1,92, conforme dados da Petrobras.

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