Após bater o recorde de cheia e atingir 30,02 metros, o Rio Negro já está em processo de vazante.
De acordo com boletim do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, o rio tem descido em média três centímetros por dia. E a previsão para as próximas semanas é que a cota reduza em sete centímetros ao dia.
Apesar do nível do rio estar diminuindo, os impactos associados à inundação continuam nos municípios, conforme explica a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Luna Gripp.
Segundo ela, o ritmo atual ainda é lento mas as estações monitoradas indicam um possível fim do período de enchente.
“A expectativa é para as próximas semanas nós continuemos observando o processo de inundação e todos os problemas associados, porque realmente essa descida inicial é bem lenta, mas a partir de um certo momento o rio deve começar a aumentar essa velocidade de descida, para 4 a 6 centímetros , e realmente o rio deixe de ocupar a região central e depois de um tempo ainda maior, o rio deixe de atingir os bairros afetados”, concluiu a pesquisadora.
Nas ruas da região central o trânsito ficou impedido e comerciantes tiveram que se adaptar com a subida das águas.
A vendedora, Gisele Rodrigues, relembra a situação e os prejuízos aos consumidores e empresários.
“Parte do centro de Manaus foi atingida pelas cheias, uma rua bem conhecida, a rua dos Barés onde fica o comércio, que atende principalmente os ribeirinhos, comercializando materiais de pesca, alimentos e outros, foi totalmente paralisada”, lembrou a comerciante.
Na calha do rio Solimões, Tabatinga se encontra em processo de vazante há algumas semanas, apresentando cotas dentro da normalidade para o período.
Já em em Rio Branco (Acre), o rio Acre tem cotas baixas para o atual período do ano. Na foz da estação de Beruri, o rio Purus encontra-se praticamente estabilizado.
Reportagem: Tawanny Costa
Foto: Divulgação/Semcom