Saúde mental: a vida de quem trabalha na escala 6×1 e seus impactos

Reportagem: Rennan Gardini.

A PEC que propõe o fim da escala de trabalho 6×1 alcançou o número de assinaturas necessárias para ser protocolada na Câmara dos Deputados.

Como é comum nas redes sociais, os comentários e memes sobre o assunto começaram a surgir assim que a discussão foi levantada, criando uma divisão entre as pessoas que se mostram a favor do fim da escala: um lado defende maior autonomia do trabalhador sobre sua rotina; o outro lado acredita que o fim da escala pode afetar a economia do país.

Luiz é assistente de depósito em uma empresa manauara e fala sobre como a escala afeta sua vida.(Ouça)

Na avaliação da economista Denise Kassama fala sobre como a mudança pode afetar o país.(Ouça)

A PEC de autoria da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) defende que a jornada de seis dias de trabalho e um de descanso desconsidera a qualidade de vida e saúde do trabalhador, bem como as relações familiares.

Em uma postagem no X, a deputada ainda afirma que a carga horária de trabalho atual impede o trabalhador de procurar outro emprego, ou mesmo de se qualificar profissionalmente para um emprego melhor, chamando a escala 6×1 de “prisão” e “incompatível com a dignidade do trabalhador.”

Hilton propõe uma escala 4×3 para o Brasil, com quatro dias trabalhados e três de folga, contando o fim de semana.

O sociólogo Cleiton Maciel, da UFAM, acredita que o fim da escala representa o início de um novo pensamento sobre direitos trabalhistas no Brasil, tendo em vista que a escala 4×3 já é realidade em outros países.(Ouça)

Um dos pontos em questão na PEC é a saúde, tendo em vista que muitos setores exigem trabalho braçal e não há tempo suficiente na escala atual para que o trabalhador cuide de si física e mentalmente.

O médico Gabriel Sobreira comenta sobre como a rotina da escala 6×1 pode afetar a saúde de uma pessoa.(Ouça)

Com todos os pontos levantados e a PEC já protocolada, resta aguardar se a votação seguirá para o Congresso.

Caso aprovada, a nova escala pode significar um marco para os direitos trabalhistas no Brasil.

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