A Polícia Federal desarticula esquema de fraudes ambientais que contava com servidores da fiscalização e da direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).
A organização criminosa atuava principalmente no sul do Amazonas e movimentou quase R$ 1 bilhão até o momento.
Por meio da Operação Expurgare, a PF cumpriu nesta segunda-feira (9) mandados de busca e apreensão, e de prisões preventivas em ações simultâneas nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia.
Os alvos da Operação já haviam sido indiciados, em 2019, durante a Operação Arquimedes.
Conforme a PF, os servidores do IPAAM utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.
A Operação Expurgare é uma continuação da Operação Greenwashing, que já havia revelado, em junho deste ano, um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado no município de Lábrea (AM).
O esquema envolvia a duplicação e falsificação de títulos de propriedade e resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.
Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu as atividades ilícitas, inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos.
Nos últimos três anos, o grupo expandiu as atividades ilícitas na região de Apuí e Novo Aripuanã, ambos no Amazonas.
Conforme a PF, até o momento foi possível desarticular financeiramente a organização criminosa, que resultou na descapitalização de quase R$ 1 bilhão.
Da redação.