Universidades na Amazônia combatem contaminação de mercúrio em comunidades vulneráveis

 

Pesquisadores de sete universidades da Amazônia se unem em torno do Instituto Amazônico do Mercúrio (IAMER) para enfrentar a contaminação por mercúrio nos estados da Amazônia.

A iniciativa conta com investimentos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que neste início vai destinar um aporte de R$ 3 milhões de reais ao projeto.

O objetivo, segundo a coordenadora do instituto, Maria Elena López, é criar polos de testagem de mercúrio nos estados da Amazônia, com foco em populações mais vulneráveis. (Ouça)

Maria Elena López também relata que o objetivo é criar uma integração entre os pesquisadores com ações coordenadas para resolver o problema da contaminação causada pelo metal na Amazônia Legal: (Ouça)

O mercúrio é um metal pesado usado nos garimpos para separar o ouro da lama. A ação acaba contaminado os rios onde o garimpo incide.

Uma pesquisa realizada pela Fiocruz já mostrou que peixes consumidos pela população de seis estados da Amazônia possuem índices de concentração de mercúrio 21% acima do que é permitido pelas entidades de vigilância sanitária.

O infectologista Nelson Barbosa explica que a contaminação por mercúrio, que pode vir através do consumo do peixe, pode trazer problemas neurológicos até mesmo levar a morte. (Ouça)

Outra proposta do instituto é reunir dados confiáveis para embasar políticas públicas relacionadas aos efeitos do mercúrio na Amazônia.

A iniciativa envolve pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA), do Oeste do Pará (Ufopa), do Amapá (Unifap) e de Rondônia (Unir), além da Universidade de Gurupi, no Tocantins (UnirG) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

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